Unidade geral do partido nas disputas
regional e Zonais, convocação das correntes internas em defesa do legado do PT
e uma oposição sistemática ao programa ultraliberal do governo do Distrito
Federal, contra a redução de políticas públicas e retirada de direitos e o
combate ao programa de privatizações da CEB, Caesb, Terracap, além da
terceirização da saúde pública e da militarização da educação, foram alguns dos
encaminhamentos da plenária da CNB Planaltina, realizada neste domingo (26), no
Comitê Dona Zina. Fizeram a análise de conjuntura o ex- governador Agnelo e o
chefe da liderança do PT no Senado, Wilmar Lacerda.
Companheiros e companheiras da CNB DF na Plenária de
Planaltina
Durante o encontro, também foram
debatidos o ataque aos direitos trabalhistas com a proposta de Reforma da
Previdência do governo Bolsonaro, a falta de propostas para o desenvolvimento
econômico do país e o plano da extrema direita para interromper o projeto de
inclusão social promovido pelo PT e a desconstrução da democracia
brasileira.
Em sua análise, o ex-governador Agnelo
pontuou que a liberdade do ex-presidente Lula e a unidade interna do Partido
dos Trabalhadores são a questão central da sigla nesse momento. Ele ressaltou
que Lula representa o oposto do que o governo Bolsonaro está fazendo com o
país. “Nos mandatos do PT o Brasil estava comandando uma agenda econômica
internacional, incluiu socialmente e economicamente 40 milhões de pessoas que
estavam na faixa de miséria.”
O ex-governador Agnelo participou da plenária da CNB
Planaltina
Agnelo ressaltou que o governo
Bolsonaro está atacando as principais riquezas do Brasil e retirando os
direitos fundamentais, que garantem o equilíbrio social e a democracia. Em sua
avaliação, a elite que induziu ao impeachment da ex-presidenta Dilma e elegeu o
atual governo, tem compromisso com interesses internacionais, que visam apenas
fragilizar a sociedade brasileira como forma de dominação.
“Há no momento, uma entrega do Brasil
aos interesses americanos, demonstrada pela subserviência com que Bolsonaro se
posicionou junto ao Trump na sua primeira viagem internacional. Por isso, nossa
luta central é a liberdade de Lula, que está preso sem provas, num processo
viciado, cujo único objetivo é tirá-lo das decisões políticas”, avaliou.
Mídias e democracia- No encerramento da plenária, o companheiro Wilmar Lacerda fez
uma análise sobre a influência das mídias sociais e dos meios de comunicação no
momento político atual. Ele adiantou que o Congresso vai abrir uma CPI para
investigar possíveis fraudes na campanha de Bolsonaro, através de disparos em
massa de notícias falsas contra o PT e o candidato Fernando Haddad,
determinando o resultado final da eleição presidencial. “Os apoiadores da
candidatura de Bolsonaro investiram bilhões no Whatsapp, Facebook, Twitter e
Youtube, com notícias falsas que prejudicaram nosso candidato. Isso vai ser
investigado, mas o estrago já está feito, Bolsonaro foi eleito principalmente por
essas mentiras difundidas nas redes sociais”, avaliou.
Wilmar Lacerda em sua análise de conjuntura
Ele também criticou a rede Globo que,
todos os dias, solta matérias em apoio à reforma da Previdência. “A Globo
produz um massacre diário da verdade. Nós estamos aqui falando para 50 pessoas,
ela entra nas casas de milhões de uma só vez, proliferando os interesses da
elite”.
E citou o exemplo do movimento Ele
Não, que levou milhares de mulheres às ruas na véspera das eleições de 2018, contra
o então candidato Jair Bolsonaro. “Logo após os protestos, as redes sociais
foram invadidas por ataques às mulheres de esquerda, deslegitimando o
movimento. Eles conseguiram fazer com que as próprias mulheres ficassem contra
o movimento, em especial as mais pobres, revertendo
os índices a favor do candidato da extrema direita”.
Wilmar convoca unidade geral do partido para o
enfrentamento da ultra direita no DF: Lula Livre é tema central da luta
Unidade para resistir e vencer - Wilmar
também propôs diálogo com todas as lideranças do DF para retomar o papel
histórico do Partido dos Trabalhadores. “Nós governamos duas vezes o DF e quatro vezes o Brasil, temos um legado que
nos pertence, precisamos lembrar a população do que fizemos de bom para esse
país. Outro aspecto importante da nossa luta na atualidade é pensar o partido
com visão macro. É claro que as lutas identitárias são importantes, mas não
podemos colocar a defesa das políticas setoriais à frente das causas maiores do
partido. A causas humanistas e de inclusão social são as bandeiras históricas
do PT e é com elas que vamos atuar dentro das causas dos negros, mulheres e
LGBT’s, finalizou”.
Wilmar Lacerda, em sua análise de conjuntura
Também participaram da plenária o ex-presidente do PT-DF, Roberto
Policarpo, o dirigente regional da tendência Resistência Socialista, Chico
Machado e os assessores técnicos da Liderança do PT no Senado, Marcos Rogério
(jurídico) e Bruno Moretti (economia).
Roberto Policarpo ex-Presidente do PT DF
Chico Machado, da Resistência
Socialista
Fotos: Carlos Alberto
Alessandra Gondim
Assessoria de Imprensa